Prática Infinita | Leticia Mazur

A proposta pedagógica de treino e improvisação PRÁTICA INFINITA trabalha a conexão com o corpo através de diferentes exercícios que despertam a pele, as relações articulares, a dissociação de forças, direções e tons, gerando assim um corpo mais disponível e sensível ao mesmo tempo.

O trabalho é feito para otimizar a nossa postura, observando onde há excesso de força (tensão) e onde falta, redistribuindo a energia para que o nosso apoio nos permita maior liberdade de movimentos. Passamos por práticas que incluem yoga, trabalho de resistência aeróbica, treino de reflexos, trabalho de contacto, observação e partilha.

Serão investigadas diferentes formas de perceber a nossa escala, desde a intimidade mais profunda até à máxima projeção espacial do nosso poder, a partir de exercícios que nos convidam a aprofundar e a desdobrar a consciência integrando o pensamento, a emoção, a imaginação e o desconhecido de cada pessoa. A experiência e a perspectiva dos outros afetando e transformando a sua própria.

Explorando nossos hábitos e buscando entrar em contato com as áreas inconscientes através do corpo, serão colocados em jogo o que sabemos sobre nós e nossos mistérios.

O que entendo por corpo? O que eu entendo sobre meu corpo? Quanto da minha identidade isso revela? Quanto isso esconde? Como conectamos nosso corpo com nossa imaginação? Como gerar estados de presença?

Exploramos estas questões através de pautas de improvisação que nos permitem desenvolver e redefinir o significado da dança para cada pessoa.
Dançar como ato de dedicação e coragem, como possibilidade transformadora. Dançar como forma de superexperiência.

Destinado a bailarinos, performers, atores, atrizes, artistas de todos os géneros com alguma experiência em trabalho corporal (mesmo que não seja profissional).

Bailarina, atriz, performer, diretora e professora. Começou a treinar aos 5 anos na ginástica esportiva. Estudou na P.A.R.T.S. Bélgica, escola dirigida por Anne Teresa Dekeersmaeker. Dirigiu 18 obras teatrais. Participou de festivais no Brasil, Chile, Uruguai, Bolívia, Equador, México, Estados Unidos, Espanha, França, Japão e Singapura. É pesquisadora e professora de improvisação e exploração corporal desde 2000. Desenvolveu seu próprio método pedagógico “Prática Infinita”. Colaborou com artistas como Diana Szeinblum, Carlos Casella, Agustina Comedi e Lola Arias. Trabalhou com De la Guarda e El Descueve. Dançou como solista com a Orquestra Hypnofón. No teatro e no cinema foi dirigido por Javier Daulte, Edgardo Cozarinsky, Mariana Obersztern, Mariano Llinás e Matías Feldman entre outros. Em 2019, realizou uma retrospectiva de sua obra a convite do programa Artista Residente do Complexo Teatral de Buenos Aires, onde também produziu uma nova obra: Phantastikón. Dirigiu María Onetto em Pornobrus no Teatro Cervantes. Dirigiu Carnaval de Luzes, concerto performático nas colinas de Purmamarca e criou Toborochi, performance física/sonora/espacial com Jorge Crowe e Javier Bustos para a inauguração da Bienal de Performance 2021. Em 2023 dirigiu a direção de palco da final. show do Festival Nacional do Sol com mais de 400 artistas no palco.