Em sua mais recente passagem pelo @canteiro, desta vez ocupando a residência, Gustavo Aragoni realizou um trabalho Site Specific constituído por uma série de intervenções episódicas e cumulativas. Segundo o artista,  o sótão foi utilizado inicialmente como laborA[LEA]TÓRIO para uma investigação performativa, metodologia empregada em seu [ANTI]projeto de pesquisa-prática de mestrado em Estética e História da Arte na USP (PGEHA). Nesse contexto, os elementos matéricos, gráficos, textuais e núcleos escultóricos são envolvidos pela situação, com um forte viés de experimentalidade e de subjetividade corpórea-sensorial.  A partir dos estudos que conduz acerca do movimento e das relações entre corpo, espaço e tempo provisório em que habita, Aragoni tem abordado em seus trabalhos aspectos e questões da arte contemporânea e da história da arte, além de sintomas de um cotidiano peculiar à distópica realidade brasileira.
UM VÁCUO NA BOCA COM O GIRO INCESSANTE DO TAMBOR, 2023. Trabalho para Contexto Específico.
Garrafas PET com ureia-urina do artista, hastes de madeira, tecido, lâmpadas LED 12W, fita crepe, papel-higiênico, colchão, resíduos orgânicos, manuscritos, lambe-lambe e barbante. Dimensões variadas.
Arthur H. Lara
Canteiro Espaço de Produção em Arte Contemporânea
Coordenação de Aperfeiçoamento Profissional Superior (CAPES)
David Cury
Ivan Padovani
PGEHA-USP
Gustavo Aragoni (Osasco-SP) é artista visual e mestrando em Estética e História da Arte pela Universidade de São Paulo (PGEHA-USP). Integra o Grupo de Pesquisa Nébula CNPQ da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo na mesma instituição (FAU-USP), coordenado pelo Prof. Dr. Arthur H. Lara. Em 2013, estuda pintura com Dudi Maia Rosa e ilustração com Fernando Vilela. Ingressa no curso de Desenho de Animação do Centro Universitário Belas-Artes, em 2014. Nos anos seguintes, frequenta o ateliê de José P. Latorre (2015 - 2017) e participa do Hermes Artes Visuais, grupo de acompanhamento de projetos coordenado pelo(a)s artistas Carla Chaim, Marcelo Amorim e Nino Cais (2018 – 2020). Apresenta seus trabalhos em exposições individuais, coletivas, salões e bienais de arte, dentre elas: Cartografias da Impermanência, no Rio de Janeiro (2022);  4ª Bienal del Sur, na Venezuela (2021), 8ª Arte Londrina, no Paraná (2020), 44º SARP em Ribeirão Preto (2019) e 26º SLAC, em Limeira (2018). 
Com trabalhos que transitam por diversas mídias, incluindo desenho, fotografia, instalação e performance, sua pesquisa atual discute as relações entre corpo, tempo, espaço e arquitetura. Os deslocamentos pela cidade e os lugares provisórios que ocupa são utilizados como campo de investigação artística e meio de ação para realizar suas Implantações: ambientes-instalações temporários, constituídos em geral por resíduos urbanos e rastros de atividades que se desenrolam durante o processo, configurando-se no espaço. O caráter nômade e circunstancial de sua prática privilegia a vivência do percurso – atributo fundamental para o artista – com desdobramentos, por vezes, inesperados. Em 2019, recebe prêmio aquisição no 47º Salão de Arte Contemporânea Luiz Sacilotto e no 18º Salão Nacional de Arte de Jataí. No mesmo ano, participa da residência Wild Body, Enchantment & Coexistence no Kaaysá Art Residency e realiza sua primeira implantação, como parte do Projeto Ocupação do Hermes Artes Visuais.  Atualmente, frequenta a oficina Antiformas de Intervenção da EAV Parque Laje - RJ, coordenada pelo artista David Cury. Seus trabalhos integram coleções públicas e particulares, incluindo Fundação Bienal de Cerveira-PT, Mac de Jataí-GO e Paço Municipal de Santo André-SP.
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