Artista: André Penteado
Título: Janela da sala no segundo andar do Solar Grandjean de Montigny, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)
Série: Missão Francesa
Ano: 2017
Técnica: Pigmento mineral sobre papel de algodão
Dimensões: 120 x 100 cm
Valor sob consulta canteiro.artecontemporanea@gmail.com
Fotografias desta série fazem parte das coleções do MAR - Museu de Arte do Rio de Janeiro, do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro e da Pinacoteca de São Paulo.

Rastros, traços e vestígios é um projeto de longo prazo no qual o artista André Penteado propõe uma reflexão sobre a construção da subjetividade brasileira através da investigação fotográfica de acontecimentos da nossa história.
Os fatos históricos que o integram são anteriores à invenção da fotografia ou à sua chegada ao local onde se deram sendo, portanto, são eventos que não possuem iconografia fotográfica de época. São eles: Cabanagem, Missão Francesa e Farroupilha (já realizados), Descobrimento e Independência.
A ideia que fundamenta o projeto é a de que seria possível pensar um paralelo entre o trabalho do fotógrafo e o do historiador: se ambos partem da realidade, o resultado de seu trabalho é sempre uma construção ideológica. Assim, a fotografia do presente pode ser um instrumento para a reflexão sobre os processos de criação de narrativas históricas e para a investigação do passado. Todos os lugares, objetos e pessoas fotografados para os livros deste projeto possuem algum grau de conexão com os fatos históricos que são seus temas.
Missão Francesa, a segunda etapa do projeto Rastros, traços e vestígios foi inspirada na vinda ao Brasil, em 1816, do grupo de artistas franceses que tinha como objetivo fundar a Academia Imperial de Belas Artes. O grupo foi liderado por Joachim Lebreton e dele faziam parte Debret, Taunay, os imãos Ferrez e o arquiteto Grandjean de Montigny.
A escolha pela Missão Francesa como tema buscou explorar dois pontos recorrentes em nossa história: a ideia de que para resolver nossos problemas devemos importar modelos externos e as grandes diferenças que se dão, no Brasil, entre o que é planejado e o que é efetivamente realizado.
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André Penteado
1970, São Paulo
Vive e trabalha em São Paulo
Desde 2007, André vem produzindo regularmente trabalhos no domínio da fotografia e sua obra investiga principalmente fatos e eventos marcantes da história brasileira e momentos pessoais de grande intensidade emocional.
O artista já realizou diversas exposições individuais e coletivas no Brasil e no exterior. Em 2013, ele foi vencedor do Prêmio Pierre Verger de Fotografia, uma das principais premiações nacionais da área de artes visuais, com o trabalho O Suicídio de meu pai. Em 2014 teve seu projeto Tudo está relacionado selecionado para o programa Rumos Itaú Cultural e em 2017 foi finalista do Prêmio Conrado Wessel de Fotografia com Missão Francesa. Em 2019 venceu o Prêmio Chico Albuquerque de Fotografia com a obra Cabanagem.
Seu trabalho já foi publicado em veículos estrangeiros como Source - The Photographic Review, Irlanda (Verão/2010) e British Journal of Photography (Janeiro/2011) além de diversos veículos nacionais como os jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo.
Além da produção fotográfica, os foto-livros do artista são extremamente reconhecidos e integram as listas de melhores publicações em sua categoria. Cabanagem (2015) foi incluído na lista de melhores foto-livros nos sites Time Lightbox, e Photoeye. Não estou sozinho (2016) fez parte da lista de melhores livros do ano da revista ZUM e Missão Francesa (2017) foi capa da revista ZUM (nº 12, abril/17) e da revista Select (nº 39, jun/18).
Suas obras integram diversas coleções publicas no Brasil como a Pinacoteca do Estado de São Paulo.
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