Os códigos fotográficos nas produções artísticas contemporâneas.
com Ivan Padovani e Filipe Barrocas
A arte é fotográfica? Philipe Dubois assim se pergunta no livro O ato fotográfico, publicado em 1990. E hoje, mais de vinte e cinco anos depois, em que medida é possível reconhecer a influência da fotografia na arte contemporânea? Quais códigos dessa linguagem vêm sendo incorporados à produção de artistas que trabalham com pintura, performance, land art, escultura e mídias emergentes?
Apropriação, seriação, edição e ampliação são alguns dos termos usados para ler trabalhos que não são, necessariamente, fotográficos. Nesta era da reprodutibilidade técnica, de circulação acelerada de imagens e das redes sociais, em que tudo se torna documento e índice, qual o impacto da fotografia na experiência artística?
Desde o seu surgimento, em meados do século XIX, a fotografia tem sido interpretada ora como registro de outras obras, ora como linguagem artística autônoma. No entanto, seu poder de contaminação estética atravessa fronteiras disciplinares, expandindo o campo da arte e reconfigurando as noções de autoria, originalidade, cópia, presença e mediação.
Este laboratório, que parte de uma reflexão crítica sobre a história da arte e da fotografia, propõe o aprofundamento da compreensão sobre o léxico fotográfico e como este se aplica às mais diversas manifestações artísticas contemporâneas. A partir do compartilhamento de referências, discussões teóricas e análises críticas sobre a produção dos participantes, este curso pretende ampliar o domínio da incorporação do “fotográfico” em nossas práticas artísticas.
Com duração de quatro meses, o programa tem como objetivo a realização de uma exposição coletiva no Canteiro — uma mostra que revele o uso da fotografia em diversas práticas artísticas, nem sempre fotográficas.
Como participar
A seleção será realizada pelos orientadores a partir do envio de uma breve carta de motivação e portfólio. Interessades devem se inscrever através do formulário abaixo.
Formato remoto
Início: 02 de março
Término: 29 de junho
Horário: 14h às 17h
Carga horária total: 54 h
À quem se destina: Pintores, escultores, performers e artistas multidisciplinares que tenham uma produção em andamento, pretendendo expor e, de alguma maneira, lidam com a fotografia dentro das suas práticas, mas não são necessariamente fotógrafos.
Valor: R$ 550,00 por mês
Formato remoto
Início: 02 de março
Término: 29 de junho
Horário: 14h às 17h
Carga horária total: 54 h
À quem se destina: Pintores, escultores, performers e artistas multidisciplinares que tenham uma produção em andamento, pretendendo expor e, de alguma maneira, lidam com a fotografia dentro das suas práticas, mas não são necessariamente fotógrafos.
Valor: R$ 550,00 por mês
Programa de Bolsas: 2 bolsas de 80% para pessoas não brancas ou LGBTQIAP+, mediante envio de portfólio e carta de intenção
Inscrição até dia 27/02
Ivan Padovani nasceu em 1978 em São Paulo, cidade onde reside e trabalha. Sua atuação como artista visual se expande através do cruzamento de práticas educacionais, curadorias e gestão cultural.
A partir de um olhar sobre a arquitetura e o contexto urbano, recorre à fotografias, esculturas, vídeos e instalações para abordar a condição humana na contemporaneidade, e como as interações com o espaço configuram nossa individualidade e condicionam nossa percepção subjetiva.
Tem participado de importantes exposições nacionais e internacionais, como Time Space Existence na 15ª Bienal de Arquitetura de Veneza, Antilogias na Pinacoteca de São Paulo, Experimentando Le Corbusier no Museu da Casa Brasileira e Bienal de Arquitetura de São Paulo 2017, além de mostras no SESC CPF, Casa América em Madrid, Museu do Estado do Pará, Library of Love no Museu de Arte Contemporânea de Cincinnati, Festival PhotoEspaña e Photo Paged no Centro de Fotografia de Genebra na Suíça.
Entre 2017 e 2020, foi responsável pela gestão do VÃO, espaço independente dedicado à arte contemporânea. Foi co-fundador e coordenador do F+, núcleo de formação em artes visuais da Fauna Galeria. Atualmente é diretor artístico do Canteiro, espaço voltado para a ampliação de iniciativas autônomas de produção e circulação de arte contemporânea na cidade de São Paulo
Como educador, Ivan realiza ações formativas por meio de grupos de estudos, cursos e workshops em instituições culturais como Instituto Moreira Salles, Museu de Arte Moderna de São Paulo, SESC e Escola Panamericana de Arte.
A partir de um olhar sobre a arquitetura e o contexto urbano, recorre à fotografias, esculturas, vídeos e instalações para abordar a condição humana na contemporaneidade, e como as interações com o espaço configuram nossa individualidade e condicionam nossa percepção subjetiva.
Tem participado de importantes exposições nacionais e internacionais, como Time Space Existence na 15ª Bienal de Arquitetura de Veneza, Antilogias na Pinacoteca de São Paulo, Experimentando Le Corbusier no Museu da Casa Brasileira e Bienal de Arquitetura de São Paulo 2017, além de mostras no SESC CPF, Casa América em Madrid, Museu do Estado do Pará, Library of Love no Museu de Arte Contemporânea de Cincinnati, Festival PhotoEspaña e Photo Paged no Centro de Fotografia de Genebra na Suíça.
Entre 2017 e 2020, foi responsável pela gestão do VÃO, espaço independente dedicado à arte contemporânea. Foi co-fundador e coordenador do F+, núcleo de formação em artes visuais da Fauna Galeria. Atualmente é diretor artístico do Canteiro, espaço voltado para a ampliação de iniciativas autônomas de produção e circulação de arte contemporânea na cidade de São Paulo
Como educador, Ivan realiza ações formativas por meio de grupos de estudos, cursos e workshops em instituições culturais como Instituto Moreira Salles, Museu de Arte Moderna de São Paulo, SESC e Escola Panamericana de Arte.
Filipe dos Santos Barrocas (Lisboa, 1982) é artista e professor, e vive entre Lisboa e São Paulo desde 2010. O trabalho que tem vindo a desenvolver, partindo da fotografia, situa-se na intersecção entre as artes visuais e as artes performativas. Doutorado em Artes Visuais pela Universidade de São Paulo, com passagem pela Universidade Nova de Lisboa, investigou as imagens associadas ao mito fundador do Brasil. A sua pesquisa de mestrado – publicada na edição de autor “O corpo neutro” – explorou a relação entre literatura, escultura, performance e fotografia.